segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Duas gerações de empreendedores e gestores, como conviver?




Disponho de um bom tempo de estrada no trato com o planejamento e a gestão em empresas.

Assisto atualmente uma enorme transformação nos métodos, sistemas, ferramentas e até a forma de encarar o potencial e vida das empresas.

É marcante a quantidade de ferramentas, softwares, e metodologias novas hoje a disposição para subsidiar os empreendedores na condução, acompanhamento e avaliação de seus negócios.

Nos deixa espantados em assistir a avalanche de instrumentos e ferramentas à disposição e comentadas pelos novos empreendedores como sendo elementos utilizáveis na gestão dos negócios.

Agora é bem verdade que esse novo universo de empresas normalmente com ênfase em tecnologia e propondo soluções inovadoras existem e surgem em grande número e em muitos casos, cedo estão apresentando problemas de saúde em termos de viabilidade.

São poucas que conseguem vencer os primeiros desafios e evoluem com um projeto efetivamente apresentando condições de desenvolvimento saudável e atrativo sob de escala de operações como, também, sob o ponto de vista de obter apoio em capital de risco, o que nesse caso sem dúvida representa uma alavanca indispensável.

Como vivemos com mais de uma geração de gestores assistimos os mais variados estilos e comportamentos na condução dos negócios.
Se por um lado os jovens estão completamente abertos a inovações e novas tecnologias a geração mais maduras mesmo com a disposição de receber inovações apresentam a natural dificuldade de adaptação aos novos recursos e ferramentas de gestão hoje disponíveis.

Nesse contexto é natural que essas empresas com gestores mais maduros apresentem uma tendência de entrar no jogo com um ritmo mais lento o que sem dúvida pode comprometer a sua competitividade perante o mercado.

Por outro lado, o jovem empreendedor em muitos casos apresenta vitalidade de atuar em um ritmo podemos dizer quase frenético, mas muitas vezes não dispõe de maturidade para fazer o negócio evoluir com um pouco mais de solidez e segurança.

Assim estamos assistindo duas situações que cada uma com suas peculiaridades geram comprometimento na vida dos empreendimentos.

Os jovens que ao perceberem com rapidez que o projeto enfrenta dificuldades de se viabilizar abandonam o mesmo.  E os empreendedores mais maduros por uma certa dificuldade de acompanhar a velocidade dos negócios hoje o que pode acabar gerando o comprometimento de que amanhã não exista mais o a empresa, apareceu uma inovação que deixou o projeto obsoleto.

A meu ver, nesse momento são as duas posições possíveis de se identificar na atualidade.  Quem sabe a soma das duas posições não acabaria dando uma perspectiva melhor de futuro para as empresas?

Porto Alegre, 10 de setembro de 2018.
José Luiz Amaral Machado
Economista da empresa Gerencial Auditoria e Consultoria
Porto Alegre/RS

sábado, 16 de setembro de 2017

Existe sim notícias e fatos bons que nos proporcionam esperança!

Temos consciência que enfrentamos ainda um panorama político muito complicado.

Não temos assistido sinais de melhora nesse quadro.  Ao contrário, estamos há quase um ano das eleições de 2018 e parece que a situação tem ficado mais tensa e mais confusa.

O que temos assistidos é que o Congresso que deveria estar trabalhando em encaminhar as reformas que o País tanto necessita como a da Previdência, por exemplo, não estamos vendo progresso.

Nossos políticos estão hoje envolvidos com os conflitos decorrentes de denúncias de corrupção, de interesse em ver a melhor posição para se reeleger e aí por diante.

Mas no “mundo real” temos assistido fatos que nos deixam com esperanças de ventos melhores ou, pelo menos, indicam que estamos na economia tomando um rumo diferente da enorme confusão que verificada no meio político.

Já em julho último assistimos uma queda na taxa de desemprego segundo os dados da Pnad Contínua divulgada pelo IBGE quando foi ressaltado que é possível perceber a continuidade do processo de ajuste do mercado de trabalho.

Outro dado importante foi o divulgado pela CNI quando percebeu que a confiança do consumidor reagiu reforçando a expectativa da estabilização da economia. Destacam que após de três meses de queda, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor avançou entre julho e agosto, alcançando 101,6 pontos.

Nesse mesmo sentido a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou que o Índice de Confiança Empresarial (ICE) aumentou em agosto 1 ponto percentual perante julho alcançando 81,3 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2015.

O Banco Central observando a trajetória da inflação com queda e estabilização e até de um pequeno recuo ainda, situando-se para esse ano no patamar de aproximadamente 3%a.a. vem reduzindo os juros da economia que hoje já situa a SELIC (taxa básica de juros) a qual serve de referência para a economia, está hoje em 8,25% a.a. E o mercado vem falando em juros abaixo de 7% ao ano ainda para 2017.

Temos assistido também, um aumento do consumo das famílias que contaram com apoio da liberação das contas do FGTS.

Outro ponto que temos de salientar para somarmos ao conjunto de fatores mencionados acima é que está sendo considerado a “reforma trabalhista” que sem dúvida trará a partir de sua entrada em vigência, em novembro próximo, uma maior confiança e segurança jurídica nas relações entre empregados e empresas, tudo isso vem gerando um ambiente positivo.

Vamos adiante na observação de fatos que representam pontos positivos no atual momento da economia.  Segundo pesquisa do SPC Brasil e CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) o número de devedores caiu 0,41% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. E constatam que esse foi o sexto mês consecutivo que há retração no volume de inadimplentes.  Essa é uma ótima notícia!

Agora mais uma boa notícia.  O setor de transporte aéreo doméstico registrou uma alta de 3,6% em julho e, ainda, traz a informação que foi a quinta elevação consecutiva do indicador, segundo informações da Anac.

No acumulado informa a Anac que o setor registrou um crescimento de 1,1% em comparação com o mesmo período do ano passado
.
Agora vamos tomar a nossa região, o Rio Grande do Sul.

Tivemos uma ótima notícia quando a General Motors informa que retomou o terceiro turno em Gravataí (RS). Com a iniciativa, serão abertos 700 empregos diretos e a perspectivas é que mais de 1 mil postos de trabalho a serem criados pelas empresas sistemistas que atendem a montadora. Além disso no mês de agosto a GM divulgou um aporte de R$ 1,4 bilhão  na fábrica gaúcha para introduzir um novo modelo de veículo e desenvolver novas tecnologias e conceito de manufatura.

E, mais uma boa noticia ainda, O Rio Grande do Sul viu o PIB do Estado crescer 2,5% no 2º trimestre deste ano.  Isso foi puxado pela agropecuária que teve papel relevante nesse fato.

Dado ao contexto que enfrentamos desde 2014 e com mais expressão a partir de 2015 essa é uma grande notícia cuja origem é a FEE (Fundação de Economia e Estatística do RS).

Já em outras oportunidades registramos nossa observação de como o brasileiro é empreendedor.

Temos acompanhado o movimento das Startups e a dinâmica que esse tipo de empresas tem nos mostrado, é digno de observação e entusiasmo em relação ao futuro empresarial. Veja, de acordo com dados levantados pela ABS (Associação Brasileia de Startups), até o final de 2015, o número de empresas em desenvolvimento chegava a 4.151, contabilizando crescimento de 18,6% num período de seis meses. E esse fenômeno ocorre em várias regiões do País com a participação das Universidades e seus centros tecnológicos.

Mesmo considerando a complexidade de implantação de uma empresa de alta tecnologia muitas tem demonstrado um amadurecimento promissor.

Naturalmente temos alguns setores da economia que terão sua reação em um tempo um pouco mais adiante, mas com certeza a partir desses fatos que mencionamos antes eles virão.

Isso tudo está acontecendo no sentido inverso do que estamos assistindo com o nosso setor público no qual constatamos só problemas e dificuldades e não o atendimento em nível adequado ao cidadão. Só vemos máquina pesada, lenta, burocrática um peso para quem quer empreender.

Mas sem querer ser alienado dos nossos graves problemas no País, principalmente no ambiente político envolvendo várias denúncias de fatos graves, o “mundo real” parece que se deu conta que não podemos ficar esperando que nossos congressistas resolvam os problemas que são “de seu interesse”.

O “mundo real” se deu conta necessita tocar a vida e, naturalmente estamos de olho nas próximas eleições lá será a hora do acerto de contas com muitos dos atuais atores da nossa política.

Resolvemos destacar os fatos acima em função de que a mídia de maneira geral nos dá diariamente um banho de notícias graves, desanimadoras e, pouca ênfase transmite do que vem ocorrendo em paralelo ao “mundo dos problemas”.

Assim, registro minha fé e esperança que temos sim um bom e promissor horizonte a frente.

Porto Alegre, 15 de setembro de 2015.

José Luiz Amaral Machado
Economista da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre/RS



quinta-feira, 24 de novembro de 2016

As dores da necessidade.


Assistimos hoje a proposição de medidas as quais se encontram em exame no congresso cujo propósito é buscar uma forma de enfrentar a forte expressão dos gastos do governo e, assim, evitar o desequilíbrio fiscal.
Também já se encontram em comissões de análise modificações na legislação que envolve a previdência e aspectos da legislação trabalhista como, por exemplo, a questão da terceirização.
Na mesma direção observamos mais de uma unidade da federação se movimentando no sentido de revisar seu conceito de custo e tamanho da estrutura de governo.
Estamos em função da situação critica que se encontra a União e muitas das suas unidades da federação tendo de enfrentar com coragem esses desafios.
Dizemos desafios porque sem duvida os governantes vão enfrentar uma enorme resistência em setores da nossa sociedade que ou tem dificuldade de entender a delicada situação que nos encontramos ou, ainda, a existência de interesses de alguns segmentos que não admitem abrir mão de uma atenção diferenciada o que sem dúvida hoje o Estado Brasileiro não tem mais condições de suportar. Temos dois exemplos bem fortes para mencionar nesse sentido, que são os casos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, ambos já adotaram medidas para caracterizar a situação de calamidade financeira.
Mas temos de reconhecer que se medidas adequadas não forem tomadas agora nosso desenvolvimento enquanto nação está fortemente comprometido e, quem vai continuar pagando o ônus é a nossa sociedade que hoje já convive com um nível assustador de desempregados e, por isso, muitas famílias enfrentando situações desesperadoras.
Por isso em minha posição não temos escolhas.
Naturalmente vamos enfrentar consequências enquanto se encaminham essas modificações que tão necessárias são.

Porto Alegre, 24/11/2016.
José Luiz Amaral Machado
Economista da Gerencial Auditoria e Consultoria – Porto Alegre (RS)

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

O papel da Gerencial Auditoria e Consultoria como apoio ao desenvolvimento.

A visão da direção da Gerencial Consultoria em apoio ao desenvolvimento das empresas, sua função e esforço e empenho para que isso seja cada dia melhor - assista! https://www.youtube.com/watch?v=z0r0pmE_WBs

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Os empreendedores e a cultura gerencial.



Os empreendedores e a cultura gerencial.

Com frequência temos observado posturas culturais de empreendedores.

Ocorre que essa observação nos permite comentá-las nos seguintes sentidos.
 
Uma delas é quando observamos novos empreendedores iniciando atividades empresariais.

Naturalmente não é possível generalizar, mas em um bom número de casos o novo empreendedor lança-se ao novo projeto com muito pouco ou quase sem nenhum planejamento do negócio.

Inicia as atividades e vai se posicionando de acordo com o acontecimento dos fatos.

Nesses casos é possível observar pouco uso, ou quase nenhum um estudo das necessidades financeiras do negócio, estudo de aspectos de mercado, da concorrência, ou mesmo da localização do negócio.

É natural que quando um negócio inicie sua vida com características dessa natureza a chance de enfrentar dificuldades é significativa.  Na atualidade no Brasil até por causa do forte movimento de desemprego atual temos assistido um movimento significativo de inicio de novos empreendimentos.

Mesmo contando com poupança e até com valores resultantes das rescisões de contrato de trabalho pecam pelas deficiências que comentamos anteriormente.

O mau momento da economia brasileira fez do empreendedorismo a opção de muitos profissionais que perderam seu emprego.

A taxa de empreendedorismo no país, medida pela pesquisa internacional Global Entrepreneurship Monitor, foi de 34,5% em 2014 para 39,3% no ano passado.

O relatório estimou que haviam 52 milhões de brasileiros envolvidos com uma atividade empreendedora no ano passado.

Outro dado que foi fortemente impactado foi a taxa de empreendedorismo por necessidade (aquele que não é baseado na descoberta de uma oportunidade, e sim por ser a alternativa que a pessoa tem para ter renda no momento), que cresceu principalmente na categoria dos empreendedores nascentes (com até 3 meses de negócio no momento da realização da pesquisa). Nesse grupo, ela foi de 13% para 36%.

A pesquisa é feita no Brasil pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) e conta com apoio do Sebrae.

Ora uma situação como essa que foi comentada acima bem mostra a probabilidade de pouco uso de planejamento para apoiar o inicio dos novos negócios.

Nesse contexto o que se observa é uma dificuldade de adequação da postura do empreendedor no sentido de retomar práticas de gestão que irão proporcionar maior segurança na evolução da empresa.

Já no convívio com pequenas e médias empresas que operam há algum tempo, também, é perceptível a dificuldade de uma cultura organizacional adequada às praticas de gestão.

Isso dificulta o processo de decisão ou até mesmo, no fato da empresa ter que se mostrar no mercado, tanto para fornecedores como para bancos ou mesmo investidores, por exemplo.

Um exemplo bem marcante dessa situação é empresas que buscam a oportunidade de identificar investidores ou até mesmo de se oferecerem à venda e, não dispõe de informações gerenciais suficientes para mostrarem a empresa, seu potencial e desempenho.

Observamos que fica tudo em um ambiente muito superficial.

E, quando se recomenda o uso dessas praticas, são poucos os casos que admitem que devem melhorar ou mesmo mudarem o atual estilo gerencial da empresa.

Assim, a dificuldade ou resistência de um estilo mais profissional ao tocar os negócios não é somente dos novos empreendedores.   Observa-se, também, dificuldades quanto à cultura gerencial em alguns empreendedores que já vem tocando há um tempo seus negócios.

Lamentável é que os empreendedores só vão perceber essa deficiência quando estão em situação de exigência instantânea em decorrência de uma oportunidade de negócio que está se apresentando.

Econ. José Luiz Amaral Machado
Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria S/S – Porto Alegre (RS)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O imediatismo que compromete o desenvolvimento saudável da empresa.


por José Luiz Amaral Machado, economista e Diretor da Gerencial Consultoria em .
  Já abordamos em oportunidade anterior aspectos importantes que contribuem para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas. Na ocasião, destacamos que a maioria delas não consegue manter equipes profissionais próprias por uma questão financeira. É quando surge como alternativa a figura da consultoria como um bom ponto de apoio para que implantem projetos de desenvolvimento e aumento de competitividade, e consequentemente tenham resultado.
 
  No entanto, durante algumas participações em projetos de assessoria e consultoria, observamos ao longo do tempo uma questão comum. Trata-se da dificuldade relativa à cultura organizacional e preparo profissional adequado dos empresários no sentido de que a gestão esteja sintonizada com a necessidade da empresa.
 
desenvolvimento empresarial  Nota-se que o administrador, em muitos casos, tem uma tendência em se mostrar imediatista. E, com  isso, percebemos uma intolerância que demanda a maturação de alguns projetos de melhoria em  gestão. Entende-se, que por vezes, o que parece custo ou necessidade de investimento e tempo, naturalmente acaba amadurecendo e florescendo em resultado para o negócio.
 
  Sem essas condições por parte do gestor não conseguimos proporcionar à empresa a saúde e as  condições de melhoria para o seu desenvolvimento. Nos referimos aqui, a uma condição em que a  empresa desfrute de um ambiente saudável e que alcance boa condição de proporcionar  competitividade e gerar resultados atrativos aos sócios.
 
   E mais um aspecto que julgamos muito importante é que os gestores possam ter as melhores condições  de concentração no foco do negócio sem ter de dividir sua atenção com pesquisa e análise de dados e,  desta forma, possam aproveitar da melhor forma as oportunidades do negócio.
 
 Mas é natural que mudanças demandem algum tempo de maturação, até porque na maioria dos casos se trata de adequar comportamento de pessoas. Muitas vezes, essa dificuldade de entender que o processo e evolução qualitativa na gestão pode  colocar em risco o efeito positivo que o projeto trará aos resultados da empresa.
 
  Isso significa que ao empresário será necessário ter a consciência de que para avançar em desenvolvimento de sua organização vai ter de intensificar a dedicação em planejamento, definição de métricas, análise e conhecimento sobre seu negócio e o segmento em que atua.
 
  De maneira alguma poderá abrir mão do uso intenso das particularidades de seu negócio, da tecnologia, da comunicação com seu consumidor e o publico em geral, pois caso contrário a organização terá grandes chances de entrar em risco.
 
  Assim, é importante o gestor utilizar:
· Método adequado de gestão (planejamento, e uso de um bom sistema de acompanhamento e controle);
· Foco no negócio;
· Utilizar um bom sistema que proporcione qualidade de decisão;
· Uso intenso de conhecimento de seu mercado e seu consumidor;
· Utilização com intensidade da comunicação para promover, divulgar e alavancar seu negócio.
 
  Com a adoção de um estilo de gestão profissional e consistente, o empresário estará gerando condições de melhorar a saúde e de desenvolvimento da sua empresa, aumentar sua competitividade e ainda como bônus chamar a atenção de potenciais investidores.
 

Empreendedor, você sabe qual o valor de sua empresa?


Notícias e circunstâncias diárias dão conta de que empresas são compradas ou vendidas por valores bem diferentes do que apontam seus patrimônios líquidos.

Avaliação de empresas envolve bem mais que aspectos objetivos apontados em demonstrações contábeis, mas também variáveis subjetivas como credibilidade no mercado, valor da marca da empresa ou de seus produtos, atualização do valor de seus imóveis e equipamentos, além de aspectos relacionados com a tecnologia utilizada em sua operação etc.

Em um momento histórico como o atual em que o presente e o futuro se assemelham cada vez menos como o passado, faz-se necessário que os empreendedores tenham conhecimento das novas ferramentas que podem ter ao seu dispor para avaliarem o valor das suas empresas.

O valor econômico de uma empresa pode ser determinado através de um dos modelos de avaliação de empresas, mas a aplicação simples de um dos métodos existentes muitas vezes geram ainda questões que são objeto de discussões técnicas. Muitas vezes ainda é necessário ajustes no sentido de aproximar o valor ao ponto mais justo e em sintonia como o mercado.

A avaliação de empresas ou negócios depende em grande parte, das expectativas futuras do desempenho. Os métodos e medidas disponíveis para avaliação acabam por envolver determinado grau de julgamento, o que por si só gera discussões técnicas.

Existe mais de um modelo de avaliação aplicável em avaliação de empresas, o direcionamento para uso de um ou outro vai depender da qualidade de informações da empresa, sobre ela e de seu segmento.
A questão relevante que atualmente aparece é que por vezes os empreendedores não percebem que se a empresa estiver saudável e com uma boa estrutura de gestão pode sim, aparecer oportunidades de negócio como venda, compra ou mesmo associação.
A necessidade de dispor de informações de quanto vale a empresa pode, também, surgir quando de uma negociação ou arranjo societário.

Nesse momento é que aparece a importância de conhecer o valor da empresa.

Caso contrário, com que bases vai o empreendedor avançar na negociação?

Como base no valor que indica a contabilidade?

Sabe-se bem que nesses termos a informação fica muito prejudicada e, com certeza não é o melhor ponto de referência a ser utilizado pelo empreendedor quando da necessidade de conduzir uma negociação quer de venda, associação ou mesmo adequação societária.

É necessário que a empresa e seu técnico utilizem além das informações contábeis métodos que vão sem dúvida ajudar a definir o valor econômico da empresa.

Entre eles como exemplo podemos citar:

·         Modelo baseado do Patrimônio Liquido ajustado;
·         Modelo baseado no Fluxo de Caixa descontado;
·         Modelo baseado no Fundo de comércio ajustando a situação patrimonial contábil;
·         Modelo baseado no goodwill;
·         Modelo que utiliza o EBITDA como um dos componentes.

Com essa abordagem sobre avaliação de empresas estamos também querendo destacar ao empreendedor a importância do mesmo preparar sua empresa no sentido de ter um bom sistema de acompanhamento, controle e avaliação.  Um sistema com o melhor perfil profissional possível.

Só assim além de criar melhores de segurança em suas decisões, terá facilidade para o desenvolvimento de um trabalho de identificação do “Valor Econômico da Empresa”.

E com isso aumentar significativamente seu poder de decidir com segurança em negociações de venda, associações ou mesmo em arranjos societários.
Porto Alegre, janeiro de 2016.

José Luiz Amaral Machado
Economista – Diretor da Gerencial Auditoria e Consultoria